Estudo demonstra malefícios
dos telemóveis (em ratos)

Curiosamente (ou talvez não) vi muito poucos ecos deste estudo na imprensa e na Web. Afinal, é o primeiro do género que:
a) não foi financiado pelas próprias empresas da indústria celular;
b) estabelece uma relação clara e inequívoca sobre os efeitos dos telemóveis (ou melhor, das frequências de rádio que estes usam) em animais.

Podemos argumentar que os ratos não são pessoas. É verdade. Mas quantos medicamentos para seres humanos não foram já criados a partir de experiências com roedores...?

Este parece ser um exemplo típico de algo que não queremos sequer saber, um pouco como foi preciso décadas para que os fumadores se convencessem (e muitos ainda não estão convencidos) de que fumar provoca morte prematura.

Porque a verdade é que já existem estudos que sugerem que, não sendo possível provar concludentemente que a exposição às frequências usadas pelos telefones celulares é prejudicial, sugerem que existem perigos reais. É o caso deste estudo, por exemplo. Claro que podemos sempre enterrar a cabeça na areia e escudarmo-nos antes neste estudo (o qual foi parcialmente financiado pela indústria interessada no negócio...).

Por mim, já decidi: vou finalmente comprar um auricular com fios para o meu telemóvel.

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