Segurança familiar no Windows

sshot-1

Espanto-me sempre com a enorme percentagem dos Pais que não controlam o acesso à Internet dos filhos. Numa altura em que é praticamente impossível ter um computador sem o ter também ligado à Internet, não saber o que eles andam a fazer online é o mesmo que não se importar por onde é que eles andam às 4 da manhã num beco escuro…

Claro que há pais e pais – e há filhos e filhos. Há pais que se preocupam, e há filhos em que se pode confiar. Contudo, se os filhos forem muito novos não é sequer uma questão de saber por onde andam. Uma simples busca inocente no Google pode levá-los a locais inesperados e indesejáveis.

Nestes casos, a ideia é protegê-los da mesma forma como lhes damos a mão para atravessar a estrada e os ensinamos a passar na passadeira – e mesmo assim só depois de vermos que não vêm lá carros!

O Windows Vista foi o primeiro sistema operativo da Microsoft a integrar de origem ferramentas de controlo parental, mas suspeito que não serão muitos os que as sabem usar e configurar (embora seja muito fácil de fazer). Quando escrevi o meu último livro sobre o Windows 7 revisitei estas ferramentas e descobri que tinham sido alteradas e estavam agora presentes em qualquer versão do Windows e não apenas para as versões destinadas a usar em casa. Além disso a plataforma de controlo parental foi aberta a outras ferramentas e integra-se com a Segurança Familiar do Windows Live.

No entanto, nada disto serve em certas circunstâncias. Primeiro, porque há ainda muita gente com Windows XP, que não integra qualquer tipo de protecção parental (embora possa usar a Segurança Familiar do Windows Live). Por outro lado, mesmo para Windows Vista e Windows 7, há um problema que tem a ver com a forma como esta protecção é implementada.

E, para que funcione, o utilizador protegido tem de estar forçosamente a usar uma conta limitada, isto é, uma conta sem privilégios de administração. A razão é simples: qualquer administrador pode mexer nos controlos parentais, pelo que estes de nada serviriam. Mas estamos a falar de crianças e, logo, de um computador que será certamente usado para jogar.

Ora existem muitos jogos que não correm, ou não correm bem, em qualquer coisa que não seja uma conta de administrador com todos os privilégios. Coloca-se então a questão de saber o que fazer nestas circunstâncias.

Protecção canina

Uma das soluções possíveis, que é a que uso na máquina da minha filha mais nova, é o K9 Web Protection. É o único programa deste género que encontrei que funciona praticamente em qualquer sistema operativo (desde o XP até às versões de 64 bits do Vista e do Windows 7 e existe até uma versão para MacOSX) e que é gratuito.

As funcionalidades oferecidas são muito semelhantes às que vêm integradas no Windows Vista e no Windows 7 (mas as ferramentas de controlo do Windows permitem também controlar o acesso à própria máquina e outros programas para além do acesso à Internet) e, nalguns casos, vão até mesmo um pouco mais além em termos de controlo de acesso à Web, por exemplo obrigando a usar modos de busca segura nos motores de pesquisa.

Apesar de estar em inglês, o programa pode ser instalado num sistema operativo em qualquer idioma e é muito fácil de configurar. Mas o essencial é que o software pode ser instalado em qualquer computador e em qualquer tipo de conta, com ou sem privilégios de administração, alargando assim o âmbito da sua utilização.

Vá até K9 Web Protection e comece já hoje a proteger os seus filhos (ou a filtrar conteúdos na sua empresa, ou a controlar os seus funcionários…).

Comentários